Terço Inferior Face – Dra. Patrícia Leite – Cirurgia Plástica e Estética

Terço Inferior Face

rejuvenescimento nao cirurgico do terco inferior da face-bhREJUVENESCIMENTO NÃO-CIRÚRGICO DO TERÇO INFERIOR DA FACE

A queda dos tecidos de terço médio da face que ocorre com o passar dos anos, leva a várias alterações estéticas na região, sendo duas delas mais pronunciadas:  o aprofundamento do sulco nasogeniano e a obstrução da linha mandibular, ou alargamento da linha do mento, na visão frontal. Tais alterações são bastante estigmatizantes do envelhecimento facial e fonte de grande desconforto estético para homens e mulheres, a partir de 40 anos de idade, em geral.

As alterações de terço inferior da face, juntamente com os primeiros sinais de afundamento na transição pálpebro-malar, são sinais iniciais de uma ptose tecidual progressiva e gradativa. Entretanto, apesar de serem considerados sinais iniciais de envelhecimento facial nessa idade, os mesmos causam grande incomodo estético, embora não sejam acompanhados de um excesso de pele que justifique incisões e descolamentos cirúrgicos, devido a ocorrências possíveis inerentes a procedimentos cirúrgicos. Somado a este fato, o paciente nessa idade, ainda é bastante jovem e sua expectativa quanto à aparência facial é proporcionalmente grande. Na tentativa de solucionar tal problema, um tratamento combinado de terço inferior e médio da face, com suturas silhouette, pontos avançados de toxina botulínica e preenchimento de sulco lábio mentual e pré-mandíbula com hidroxiapatita de cálcio é proposto.

Etapa 1

Marcamos o sulco lábio mentual bilateralmente, e também o sulco nasogeniano. Marcamos o 1º ponto de injeção da toxina botulínica nesta segunda linha, a um cm da borda mais inferior da mandíbula.  Em seguida, marcamos mais 3 pontos de cada lado, equidistantes a cada 1 cm do primeiro ponto. Em seguida, pedimos ao paciente que façca um movimento de tração do platisma e marcamos pontos separados por um cm, ao longo das bandas platismais de maior tensão.

A dose de toxina botulínica utilizada para cada ponto é de 2 unidades, totalizando uma média de 40 a 60 unidades. A quantidade de pontos usada em cada paciente é individualizada e mensurada pela mímica facial induzida no consultório e pela forca muscular apresentada, baseada em quantidades convencionais usadas nos respectivos grupos musculares. Os pacientes são  orientados quanto aos cuidados pós aplicação de toxina botulínica e agendados para a 2ª etapa em prazo de 15 dias.

Etapa 2

Com o paciente sentado, após a devida degermação da face, marcamos o primeiro “V”, com o ponto de entrada e os dois pontos de saída descritos pela técnica. O local de marcação dos pontos de entrada e saída são eleitos através de leve tração dos tecidos do terço médio e inferior da face, visando elevar o sulco nasogeniano e secundariamente, a região ptótica, visível na borda da mandíbula. O 2º “V” é marcado um pouco mais baixo em relação ao 1º e sua marcação é orientada principalmente segundo a elevação dos tecidos ptóticos visíveis na linha mandibular. Observa-se a regra da distância entre os pontos de entrada e saída de no mínimo 8cm, específica para as suturas de 12 cones. E entre os dois pontos de saída, de no mínimo 1,5cm. Após a marcação é realizada outra degermação e colocados campos esterilizados. Já em posição deitada, os pontos de entrada e saída do fio em cada hemiface são anestesiados com lidocaína 2% com adrenalina. Os fios são passados segundo técnica já consagrada, e logo após a passagem dos mesmos, a pele é tracionada no sentido do vetor ascendente marcado previamente. É realizada uma microporagem usando micropore 3M fino, cor da pele, na direção do vetor ascendente, em várias camadas, cobrindo todo o terço médio e inferior da face, indo do canto labial e sulcos lábiomentual e nasogeniano até a região pré-auricular de ambos os lados. Os pacientes são orientados a permanecerem com a fita por uma semana e a restringir movimentos de mastigação e fala, além das outras recomendações relativas ao fio se sutura silhouette. São orientados e a retornar ao consultório em um prazo de 1 mês para a realização da 3ª etapa do tratamento

Etapa 3

Com o paciente sentado, marcamos o sulco lábiomentual, desenhando um triangulo com vértice voltado inferiormente, cuja face lateral é colocada em cima da região de maior afundamento. A base tangencia o ângulo da boca e a face medial vai ao encontro do vértice em região que delimita a área de afundamento.

Em seguida, marcamos a área de afundamento remanescente, na região da pré-mandíbula, com um ponto central, que sinaliza o ponto de injeção supraperiostal do Radiesse. O Radiesse de 1,5 ml é diluído com 0,3 ml de lidocaína com vasoconstrictor, como recomenda o fabricante e misturado em seringa própria. A aplicação é realizada nas áreas previamente marcadas, supraperiostal em pré-mandíbula, em bolus, e na derme profunda em área maior previamente marcada. Posteriormente éi injetado em sulco lábiomentual, também em derme profunda. A agulha utilizada é a 24 G. A técnica de preenchimento é a de retroinjeção. Após o procedimento o paciente é orientada a massagear a região levemente, 3 vezes ao dia, pelo período de uma semana.

Um retorno com 30 dias do último procedimento é realizado, ocasião em que são feitas as fotografias de pós-procedimento.